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quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Anti-inflamatórios proibidos pela ANVISA

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu pela suspensão da comercialização e uso em todo o País, da apresentação de 400mg do anti-inflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do laboratório Novartis, e da apresentação de 120mg do medicamento Arcoxia (Etoricoxibe), da Merck Sharp & Dohme.

Os especialistas da Agência entenderam que os riscos da utilização desses medicamentos superam seus benefícios. As determinações serão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda (6). Os consumidores que estiverem fazendo uso dos medicamentos devem procurar seus médicos para que os substituam sem que haja interrupção no tratamento.

O cancelamento do registro desses produtos faz parte de um processo de trabalho iniciado em Julho, na Anvisa, para reavaliar a segurança dos antiinflamatórios não-esteróides inibidores da ciclooxigenase (Cox-2). Para ampliar o controle sobre a utilização desses medicamentos, a Anvisa determina, ainda, a reclassificação de toda a classe de inibidores de Cox-2.

A partir de agora, esses antiinflamatórios só poderão ser vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 - branco) pelo estabelecimento farmacêutico.

O anti-inflamatório Lumiracoxibe tinha indicações aprovadas para o tratamento de osteoartrite (um tipo de artrite), da dor aguda e da dismenorréia (cólica menstrual) primária. Já o Etoricoxibe é utilizado para reumatismo, artrite, dor articular, cólica menstrual e em pós-operatórios.

OUTRAS MEDIDAS

As apresentações de 60mg e 90mg do medicamento Arcoxia sofrerão adequações nas respectivas bulas para que sejam incluídas advertências de segurança quanto aos níveis pressóricos (relativos à pressão alta) e cardiovasculares.
A bula do medicamento Celebra (Celecoxibe), da empresa Pfizer, também sofrerá alterações, com novas restrições relativas ao tempo de tratamento e à utilização durante a gravidez e o período de amamentação.

A Anvisa determinou ainda que o anti-inflamatório Bextra (Parecoxibe), também da Pfizer, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida deve-se aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastro-intestinais.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa (Ascom)

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