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segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

MDR ou XDR - os novos nomes da tuberculose





Costumava achar graça quando nos filmes americanos retratavam o pânico deles por pessoas que espirravam ou tossiam em ambientes fechados.
Infelizmente o que parecia ser excesso de zêlo torna-se uma medida necessária para o futuro um tanto obscuro de nossa saúde.
Há dois anos uma amiga disse que em seu trabalho todos estavam preocupados com um membro da equipe que passava mal com certa frequência. Descobriram tempos depois, na verdade vários meses depois, que se tratava de tuberculose. Havia uma certa reação de espanto por se tratar de uma pessoa com recursos e esclarecida, e revolta por ele não ter dito nada aos colegas.Todos tiveram que se submeter a exames.
Há um ano deparei-me com um colega dentista apreensivo pois recebera a notícia de seu paciente, de uma classe social elevada, que interrromperia o tratamento por estar com tuberculose. Ele imediatamente telefonou para um médico de confiança.O susto fora grande.
Soube neste ano de mais casos de tuberculose, sempre através de terceiros.
Era evidente que algo estava acontecendo de grave.
Lembrei que há tempos atrás foi passado na TV fechada sobre uma epidemia de tuberculose na Rússia devido ao frio, desemprego e a pobreza que se instalara em determinadas regiões. Falava de um bacilo mais resistente aos antibióticos tradicionais.
Estava de fora a ponta de um iceberg...
Em Junho deste ano a revista época registrou o contágio de um americano por essa bactéria resistente que decidiram chamar de MDR. Ela é gerada pelo não cumprimento devido do tratamento em pacientes contagiados,dessa forma a bactéria que não foi devidamente destruída torna-se mais forte aos medicamentos. O tratamento é longo e penoso, pois o doente tem que ser isolado em casa e usar máscara. Muitos se deprimem mas o resultado é a vida.
Já o XDR é extremamente resistente e mais grave,com perspectiva de cura baixa. Infelizmente já se encontram no Brasil. Baixas imunológicas favorecem a intalação dessas bactérias, estamos falando desde o stress, até diabetes e aids.Um terço das pessoas já entraram em contato com ele, mas somente 10% vão desenvolver em algum momento.
O perigo está em abandonar o tratamento, gerando a idéia de que se está curado quando há alguma melhora física.
Sintomas: tosse de mais de 20 dias, febre e suores noturnos, dor na região do tórax
Contágio: tosse ou espirro, beijo e sexo não transmitem, só se a pessoa tossir durante. Deixa de ser contagioso após 15 dias do início do tratamento
tratamento: com antibióticos por 6 meses e os sintomas desaparecem nos primeiros 2 meses, e esse é o perigo de abandonar o tratamento!
A pergunta é: estamos preparados para isso?

2 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei super trste ao sber d pessoas amigas que tb tiveram. O governo não toma nenhuma providência?

Cláudia Azevedo disse...

Parece ki há um descaso grande e nesta semana no jornal da madrugada foi passado sobre o combate a dengue tipo4que estaria entrando no país pela região norte,mas ninguém mais fala sobre isso!!!!!!!!!!!